sábado, 26 de junho de 2010

Entrei no quarto do meu irmão, eram 4.30 da manhã, ele estava enrolado no lençol com um traço de felicidade a rasgar-lhe o rosto (algum sonho bom, talvez), percorreu-me uma ponta de inveja. Há quanto tempo não consigo eu dormir sem acordar a meio de um pesadelo, há quanto tempo não consigo eu acordar cansada de ver o teu rosto entre as minhas mãos, nem nos sonhos me deixas de atormentar, já viste a ironia? Tu que nem sequer te importas como eu estou, deves dormir que nem um anjinho.
Só as paredes da casa sabem quantas vezes passo por elas com os olhos em lágrimas, nesta altura já devo ter reduzidoa água presente no meu corpo para metade.
Questiono-me tantas vezes sobre o que fiz mal mas, acabei de chegar à conclusão que não fui eu que fiz mal, é esse teu feitio de teimoso e orgulhoso que me deixou assim, completamente de rastos.
Espero que estejas feliz, já conseguiste destruir-me.

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